quinta-feira, 10 de abril de 2008

Tratamentos

Existem, actualmente, variados exames de diagnóstico, que permitem a detecção precoce de muitas doenças graves. No entanto, e com o constante avanço da Medicina, têm sido também desenvolvidas técnicas no sentido de curar doenças, de forma a esta cura não só ser mais eficaz como também permitir uma melhor qualidade de vida do paciente.

Abaixo, seguem-se algumas destas técnicas.


  • Angioplastia com laser


Quando os ateromas (depósitos de gordura) se acumulam no interior das artérias, formam-se placas e o canal interno por onde o sangue passa estreita-se, provocando, deste modo, uma diminuição no fluxo sanguíneo. Nesta operação, utiliza-se um cateter (tubo) com um pequeno balão.


1. Incisão: Deve proceder-se à incisão numa perna, braço ou artéria. Introduz-se o cateter na artéria, guiando-o (com ajuda de raios-X ou ecógrafo) até ao local obstruído.





2. Localização: Quando chega perto do local, o balão é insuflado, exercendo, deste modo, pressão contra as paredes arteriais. A circulação sanguínea é, então temporariamente, interrompida, para permitir a eliminação das placas de ateroma.



3. Destruição: O laser (que se encontra na extremidade do cateter) emite um feixe sobre as placas de ateroma que logo vão ser destruídas, fragmentando-se. Estes fragmentos são, posteriormente, removidos da artéria, através de um sistema de aspiração.




4. Controlo: Depois de terminado o processo de destruição, verifica-se se a pressão sanguínea nos lados da parede arterial é a mesma. Verificando-se esta ocorrência, é então removido o cateter. O período de recuperação é curto. No entanto, e no período pós-operatório, o paciente deve repousar.




  • Coração Artificial


Robert Jarvik concebeu o primeiro coração artificial, que veio a ser implantado num doente em 1982. Este coração (que teve o nome de Jarvik-7) funcionava com um compressor de ar externo, que lhe fornecia energia.

Mais tarde, e já recentemente, esta aparelho foi optimizado e já não necessita de uma fonte de energia externa. O Abiacor (como é chamado devido à empresa que o desenvolveu, a Abiomed) foi o primeiro dispositivo mecânico a ser implantado integralmente no corpo de um doente. Actualmente, ainda está a ser melhorado, estando os investigadores a tentar aumentar o seu tempo de vida útil para 5 anos. Actualmente, o Abiacor já é comercializado nos EUA.


Este coração foi concebido para sustentar e garantir o sistema circulatório do doente e, assim, prolongar o seu tempo de vida, pois, de outra forma, o doente morreria por insuficiência cardiovascular.

Esta "imitação" é feita à base de titânio e plástico e possui uma bomba hidráulica no centro e é controlado por uma bateria. É constituído por dois ventrículos com válvulas. Cada ventrículo bombeia 8l de sangue por minuto e emite 100 000 pulsações por dia. O ventrículo direito bombeia o sangue para os pulmões e o esquerdo para os órgãos vitais e o resto do corpo. Além disso, o sangue venoso é transportado para os pulmões e o arterial para o corpo, sendo o Abiocor, por esta razão, uma réplica quase perfeita do coração humano.

Para além de tudo isto, o funcionamento deste órgão artificial não exige incisões já que possui um sistema de energia transcutânea (TET), que permite a transferência de energia da bateria externa para uma bateria interna, evitando-se, deste modo, possíveis infecções causadas pela abertura do abdómen.



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